Estudantes passam por cinco estações que simulam situações clínicas reais.
Os formandos do curso de Farmácia da Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) realizaram, na última sexta-feira (5), o Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE, do inglês Objective Structured Clinical Examination). A prova, que simula situações clínicas reais, passa agora a integrar oficialmente a avaliação do Internato em Farmácia Clínica e Hospitalar da instituição.
Como explica a coordenadora do curso, professora Graziele Franco Mancarz, os futuros farmacêuticos atuam em cinco setores durante o internato. “São 500 horas de estágio. Além do ambulatório interprofissional da FPP, eles passam por quatro setores do Hospital Pequeno Príncipe: pela dose unitária; pelo stewardship de antimicrobianos; pela farmácia de dispensação e central de abastecimento farmacêutico e pela farmácia clínica”, elenca a docente.

Cada uma das estações do OSCE reproduziu situações típicas desses setores, exigindo dos estudantes tomada de decisão, raciocínio clínico e comunicação efetiva. “Como eles vivenciaram cerca de um mês em cada campo, pensamos em trazer uma questão de cada área, cientes que cada estudante pode ter visto coisas diferentes já que o Hospital não é um lugar estático. As estações foram montadas a partir das conversas que tivemos com os preceptores e também com base na parte teórica trabalhada em sala de aula”, explica a coordenadora.
Tirar dúvidas de enfermeiros em relação à dispensação de medicamentos, interpretar exames laboratoriais e informar pacientes sobre o uso de determinado remédio foram algumas das situações avaliadas durante a prova.
Para a estudante Larissa Perbichi, o exame é uma oportunidade para rever e memorizar os aprendizados do estágio. “Foi bem condizente com o que vivemos nesses meses de internato. Ter essa avaliação no final acaba nos instigando a participar mais, a estar sempre ativo tentando aprender o máximo possível”, relata.
“Tanto o OSCE quanto o internato trazem pra gente uma grande experiência. A gente conhece o funcionamento do Hospital e consegue entender melhor o mercado de trabalho”, complementa o colega Arthur Korzeniewski.

Avaliando competências, habilidades e atitudes
Na Faculdades Pequeno Príncipe, os estudantes passam por simulações clínicas desde o início do curso. Todas elas seguem a sistematização e padronização do Núcleo de Simulação Clínica, coordenado pela professora Karyna Turra Osternack.
“Nós acreditamos que o nosso aluno precisa ser avaliado num todo, não só no conhecimento cognitivo. Então a habilidade, a própria atitude diante do paciente ou de outro profissional, a gente só vai conseguir avaliar na prova clínica”, enfatiza a coordenadora do Núcleo.
Outra vantagem do OSCE é que o estudante consegue vivenciar situações da profissão em um ambiente protegido. “Ele aprende com manequins de alta fidelidade, com pacientes simulados, com cenários de alta complexidade. Então quando ele se depara com algo parecido na vida real, ele já vai saber o que fazer”, afirma Karyna.
“Fico muito feliz de ver que eles estão se formando profissionais qualificados, competentes tecnicamente e cientificamente. E o mais importante: eles são empáticos, são humanos, são cordiais, que é uma das missões da nossa formação na FPP”, conclui Graziele, coordenadora de Farmácia.


