Unidade educacional do Complexo Pequeno Príncipe já formou mais de dois mil profissionais da área da saúde
No dia 10 de dezembro, a Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) completa 22 anos de história. A data, além de marcar a trajetória de uma instituição de ensino, também destaca a consolidação de um projeto que nasceu muito antes de 2003 — nas bases do cuidado, da ciência e da responsabilidade social que sempre moveram o Complexo Pequeno Príncipe.
A Faculdades, que começou como Instituto de Ensino Superior Pequeno Príncipe, já formava profissionais por meio de cursos técnicos em Enfermagem. O ensino fazia parte da cultura do hospital, e foi justamente essa vocação que preparou o terreno para um passo maior.

Um começo guiado pela missão do cuidado
A ideia de fundar a faculdade, como relembra a diretora geral, Prof.ª Patrícia Rauli, surgiu da própria Associação Dr. Raul Carneiro, mantenedora do Hospital Pequeno Príncipe, que buscava compartilhar com a comunidade o conhecimento acumulado em décadas de atuação na saúde.
“O desafio foi grande, porque não éramos da área de ensino superior. Mas já enxergávamos a educação como um projeto de transformação e melhoria de vida das pessoas.”
Desde o início, a missão era clara: formar profissionais tecnicamente preparados, mas também comprometidos com a humanização, com o cuidado solidário e com a ciência. Essa visão orientou o crescimento que viria a seguir.
Uma faculdade que cresce, amadurece e se transforma

Ao longo desses 22 anos, os trabalhos dentro da instituição expandiram de maneira notável: novos cursos, novos blocos e um campus que evoluiu acompanhando as demandas da formação em saúde.
Do ensino técnico à graduação, a trajetória foi marcada pelo pioneirismo. Após a abertura do curso de Enfermagem, a FPP tornou-se a primeira instituição de Curitiba a ofertar o curso de Biomedicina; em seguida, em 2014, inaugurou o curso de Medicina estruturado em metodologias ativas de aprendizagem. Esses movimentos consolidaram a Faculdades como uma referência em inovação na formação em saúde.
Logo nos primeiros anos, a atuação formativa da FPP já teve sua grade ampliada: a oferta de pós-graduação teve início em 2004, consolidando-se como eixo de qualificação contínua. Mais adiante, a instituição avançou também com a inserção de programas de mestrado e doutorado que fortaleceram a pesquisa aplicada na área da saúde.
A formação e prática clínica continuam atreladas ao longo das últimas duas décadas. Além das novas ofertas de cursos, a unidade educacional investiu em programas de residência multiprofissional que, desde 2012, preparam profissionais recém-formados para atuar tanto no Hospital Pequeno Príncipe quanto em outros serviços de saúde.

Pensando em viabilizar capacitações de curta duração, a FPP também começou a oferecer cursos de extensão a partir de 2007. Atualmente, são mais de 60 opções nas modalidades presencial e a distância. Outro destaque são os eventos acadêmicos, como os Encontros de Ensino Pesquisa e Extensão (ENEPE) e os Fóruns de Metodologias Ativas, que reúnem anualmente profissionais, especialistas e pesquisadores da área de diversas regiões do país.
Paralelamente, os cursos à distância tiveram avanços: a partir de 2024 iniciaram-se as aulas na modalidade digital, ampliando o alcance da formação tecnológica e profissional.
As transformações, vistas de perto por quem esteve aqui desde o início, marcam um passo muito importante na jornada dos colaboradores. A professora e médica Gabriela Araújo, egressa da primeira turma de Medicina, resume bem essa evolução. Ela entrou na FPP em 2014 por meio do ProUni 100%, formou-se médica em 2020 e, hoje, é docente da instituição — um orgulho que ela carrega com força.
“Quando comecei o curso, a faculdade ainda não tinha toda a estrutura física de hoje. Vimos inaugurações de blocos, reformas, a expansão da biblioteca, os laboratórios se equiparem… crescemos junto com a FPP.”

Junto com a nova estrutura vieram as metodologias ativas, a ampliação das práticas, a consolidação dos laboratórios e um ambiente acadêmico cada vez mais integrado ao Complexo Pequeno Príncipe.
Histórias que se entrelaçam com a da instituição
Para muitos colaboradores, a história da FPP se confunde com a própria trajetória profissional. É o caso do Paulo Henrique Machniewicz, coordenador dos laboratórios, que viu cada etapa dessa construção.
“Acompanhei toda a evolução: novos cursos, novos blocos, mudança de nome, de marca. Saber que a minha história se mistura com a da faculdade é uma grande satisfação.”
O mesmo sentimento é destacado por Ângelo Campos, líder de segurança, que há 28 anos trabalha no Complexo Pequeno Príncipe, sendo 18 deles dedicados à faculdade.
“É um orgulho fazer parte da FPP há tanto tempo. Ver o crescimento de perto… para mim, a palavra é gratidão.”
Entre profissionais, docentes e estudantes, o sentimento compartilhado é de pertencimento. O crescimento e a modernização preservaram o que a instituição carrega de mais importante: a essência de comunidade, cuidado e compromisso com o outro.
Formar profissionais, transformar gerações

Hoje, a FPP reúne 2.235 estudantes em cursos de graduação e pós-graduação lato e stricto sensu, e já formou mais de 2 mil profissionais em diferentes áreas da saúde. São médicos, farmacêuticos, biomédicos, psicólogos, e tantos outros que levam para o mundo o jeito FPP de cuidar: técnico, científico e humano.
Essa missão continua sendo o norte da instituição:
“Queremos crescer, mas sempre ancorados pelos nossos valores. Não buscamos apenas quantidade — queremos formar profissionais melhores, com visão humanizada, científica e solidária.”, explica a diretora geral.
Celebrar 22 anos é olhar para tudo o que foi conquistado, e também para tudo o que ainda está por vir. Com uma história que nasceu do cuidado e cresceu com a força da educação, a Faculdades Pequeno Príncipe segue transformando vidas, formando gerações e preparando profissionais que fazem diferença onde atuam.
Porque, na FPP, ensinar é um ato de cuidado. E cuidar é um compromisso que atravessa gerações.